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Mais de 40 profissionais atuam para apoiar as equipes doCNJ Inova no desenvolvimento de soluções inovadoras que contribuam para a resolução dos desafios do Judiciário para aprimorar o tempo e produtividade da prestação jurisdicional e para qualificar os dados gerados pelos tribunais. Eles são chamados de “mentores”. São profissionais com domínio de campo e experiência para aconselhar as equipes a aprimorarem seus projetos.

“As mentorias são importantes para alinhar os desenvolvimentos das equipes com o objetivo dos desafios. Há um grupo de mentores disponíveis, de dentro e de fora do CNJ, que disponibilizam horários para orientar e conduzir as atividades dos times. Os horários estabelecidos ficam disponíveis para escolha por qualquer participante”, explica a diretora-executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, Gabriela Moreira de Azevedo Soares.

Gabriela, que também atua como mentora, conta que as equipes recebem apoio na imersão das temáticas dos desafios, com troca de conhecimentos e acesso à Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud). Os mentores estimulam o time de forma construtiva para que encontrem as melhores linhas de atuação para a construção de suas soluções.

Foram formadas 68 equipes para participar do CNJ Inova, com profissionais de diferentes áreas do conhecimento, como Direito, Administração e Tecnologia. Em apenas 10 dias, elas apresentaram 39 propostas. E agora as seis equipes selecionadas para o Demoday – segunda e última fase da maratona de desenvolvimento, no dia 28 de novembro – estão recebendo nova mentoria, tanto para a melhoria de design como para a apresentação e defesa dos projetos, o pitching.

Também mentor no CNJ Inova, o doutor em Educação e em Ciência de Dados Hugo Medeiros destaca que o aspecto mais importante é o auxílio às equipes no uso correto da ciência de dados para resolver os desafios considerando as especificações, mas também entendendo as personas. “Nesse sentido, vi soluções fantásticas. Algumas impressionaram bastante pelo nível de maturidade desenvolvido em um período relativamente curto. Mas as que mais se destacaram, com certeza, foram as que conseguiram usar a Ciência de Dados para construir produtos que atendiam às dores das personas, podendo ser incorporados na rotina do Poder Judiciário.”

A consultoria é realizada totalmente on-line, com as equipes escolhendo o assunto para o qual desejam orientação bem como o mentor adequado para o assunto. O processo é importante para auxiliar os times a refinar as soluções tanto para identificar padrões e comparar o andamento de processos em cada unidade judiciária quanto identificar e corrigir no DataJud as inconsistências nos metadados dos processos em tramitação nos sistemas dos tribunais.

Soluções

A pesquisadora do DPJ/CNJ, Isabely Fontana, afirma que as contribuições já apresentadas pelas seis equipes selecionadas para o Demoday têm se mostrado promissoras para aprimorar o atendimento do Poder Judiciário ao cidadão brasileiro. “Para o desafio 1, algumas soluções aplicaram mineração de processos para identificar padrões, outras construíram algoritmos que identificam as classes e assuntos de processos em cada unidade judiciária para verificar similaridades e comparar o tempo de tramitação. No desafio 2, algumas soluções focaram na correção desde a entrada do dado, com a criação de funcionalidade de cadastro de processos que pode ser disponibilizada a partes e advogados. Outras investiram em algoritmos que detectam irregularidades na base e corrigem erros de forma automatizada.”

Além de participar do Demoday, essas equipes selecionadas já recebem um prêmio de R$ 20 mil. Na segunda fase, um projeto para cada desafio será definido como ganhador. As duas equipes vencedoras – uma para cada desafio – recebem um novo prêmio de R$ 40 mil. A divulgação das ganhadoras está prevista para ocorrer no dia 7 de dezembro.

Para a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Ana Lucia Andrade de Aguiar, os projetos apresentados ajudarão o Judiciário a aumentar sua eficácia nos dados produzidos. “As soluções do CNJ Inova terão uso no DataJud, que está no CNJ. No entanto, é importante que os tribunais conheçam as estratégias apresentadas, inclusive para que possam oferecer sugestões de aprimoramento.”

O CNJ Inova é parceria do Conselho com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com o apoio do Lab Griô e da Plataforma Shawee, e promove projetos de ciência de dados e inteligência artificial em torno de dois desafios: tempo e produtividade e inconsistência de dados nos sistemas dos tribunais para consolidação no DataJud.

Fonte: Conselho Nacional de Justiça

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